quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

31.01.08



Males d'amor
Quem é que os não tem
Sempre tão fatais
Masno fim
Não matam ninguém
Passam e nada mais
...
Ganha quem
Quem souber calar
Quem souber esquecer
...
Quantas vezes
Disseste jamais
E juraste até
P'ra mais tarde
Voltares outra vez
A perder o pé
...
Esquece a dor
Que agora sentes
Que ela há de passar
E essas feridas
Abertas do amor
Também hão-de sarar

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sei lá . .

Sei lá, tanta coisa eu tenho aqui pra te dizer...
Tanta coisa eu tenho em mim pra falar pra você.
Tanta coisa eu tinha mas não tenho mais, tanta coisa que ficou pra trás, mas agora vai.
Agora vai ficar meio ridículo, como todas as cartas de amor, que eu nunca te escrevi.
Agora, se você tivesse aqui, se você quisesse ouvir, agora, se você pudesse me seguir, eu ia te levar pra conhecer todo aquele sentimento que eu não soube te dizer.
Se você pudesse vir, se você pudesse ver, aqui dentro, onde o tempo não soprou o vento que faz esquecer, eu ia dizer tudo de uma vez...
Não sei, eu acho que eu não ia dizer nada.
Ou fazia tudo ao mesmo tempo, gritando o meu silêncio na nossa voz calada.

...

A sua imagem na imaginação, mas sem você na cama é sempre a mesma solidão.
A solidão que dói, a solidão que mói, a solidão que me destrói.

...

Que piração: tô na procura por uma cura pro meu coração.
E na loucura da procura eu procurei você, e fiz uma procuração.
É, pro coração, pra curar o coração e deixar o cara são...
Pronto pra outra lição.


Gabriel, o Pensador

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

George Eliot




"A diferença nos gostos, nas piadas, tem efeito devastador nas amizades."


- Eh!Sempre pensei desta forma, mas nunca quis acreditar que fosse mesmo verdade...

domingo, 20 de janeiro de 2008

.

















Gimme a little time,
Leave me alone a little while.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

eu..

É curioso como não sei dizer quem sou.


Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

*

G o s t o d e t i . . .

nao porque fazes anos
nao porque é natal
nao porque é sexta feira
nao porque me lembrei

apenas porque sim!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Álvaro de Campos

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...